Etica no fim da vida
HEIDE FRANÇA SERAPHIM GONÇALVES, LARISSA MAKI TACHIBANA, MARIANA KARAKIDA HASHIMOTO, MILENI EMY TAKARA
ÉTICA NO FIM DA VIDA
SANTO ANDRÉ
2015
ÉTICA NO FIM DA VIDA
Heide França Seraphim Gonçalves,
Larissa Maki Tachibana
Mariana Karakida Hashimoto
Mileni Emy Takara
RESUMO
O trabalho tem como objetivo apresentar, discutir e avaliar, baseado em pesquisas em fontes referenciais sobre o assunto, o dilema de uma pessoa poder ou não determinar se um paciente terminal continuará sobrevivendo levando em consideração fatores de ordem subjetiva, como a qualidade de vida do paciente, sua vontade e o direito de morrer em condições dignas de um ser humano, além de abordar, juntamente, a relação médico-paciente envolvida no processo. Há também a definição de conceitos de eutanásia, ortotanásia e distanásia, assim como suas repercussões clínicas e pessoais nos envolvidos. Aborda-se o relacionamento médico-paciente terminal, aspectos éticos envolvidos, questões morais a que todos os médicos são submetidos em exercício de sua profissão e a existência da chamada sobrevivência privilegiada.
Palavras-Chave: ética médica, paciente terminal, eutanásia, dilemas médicos.
1. INTRODUÇÃO
O avanço da medicina, acompanhado por novos tratamentos, prolonga a vida dos pacientes e cria dilemas relacionados ao ato de antecipar a morte de um paciente terminal, por motivo de compaixão. Com isso, há um cenário antagônico da preservação da vida e do alívio do sofrimento.
Segundo Casabona, "afirmações como 'incurável', 'proximidade da morte', 'perspectiva de cura', 'prolongamento da vida' etc. são posições muito relativas e de uma referência, em muitas ocasiões, pouco confiáveis. Daí a delicadeza e a escrupulosidade necessária na hora de enfrentar-se com o caso concreto" (1).
Em vários momentos da história, o direito de matar era comum. Na Índia, por exemplo, por muito tempo jogavam-se os incuráveis no rio Ganges, ou ainda, em