ethos e às estruturas e dinâmicas hierárquicas de interdependência social e política características do Antigo Regime.

1107 palavras 5 páginas
A obra “O Príncipe”, de Nicolau Maquiavel, veio no período renascentista como um manual para o príncipe, com conselhos de como manter um bom governo. Maquiavel defendia a subordinação da religião ao Estado e, em sua obra, não hesita ao aconselhar ao príncipe a seguir condutas completamente abomináveis à moral religiosa. O autor vivenciou uma Itália fracionada em pequenos Estados conflitantes entre si e, devido a sua experiência, ele presenteia o príncipe com um volume que contêm conselhos políticos para a manutenção do poder. Maquiavel, de um nível inferior, não oferece a obra sem nenhuma intenção. Mas espera que o príncipe lhe conceda algo em troca, pois é comum que quando alguém de uma condição inferior ofereça algo ao Rei, esse lhe conceda algo melhor em troca, ou seja, a reciprocidade hierárquica está em evidência. Maquiavel coloca-se como “pedra de amolar”, pois, respeitando o ethos, busca com sua obra aconselhar o soberano, para que venha adquirir a virtú e possa administrar a fortuna. Para isso, Maquiavel utiliza de várias comparações para fazer com o que o príncipe venha a refletir, como por exemplo, quando coloca a questão entre ser e temido e amado, a liberalidade e a parcimônia, a crueldade e a clemência. Isto reforça a ideia de como Maquiavel, mesmo sendo republicano agiu com deferência em relação à forma de governo da época, a Monarquia, e baseado neste ethos fizesse sua obra.
No sermão “Sobre a Autoridade Secular” Martinho Lutero pretende estabelecer e delimitar claramente o lugar de ação e a dimensão do poder secular (temporal, mundano ou mesmo civil) em contrapartida ao poder espiritual (eclesiástico ou papal). Lutero afirma não ser possível governar apenas segundo as Escrituras, e principalmente fazendo uma análise errônea a partir do Velho Testamento; Lutero mostra que há uma relação complementar entre o Velho e o Novo testamento, onde o Novo testamento vem exatamente para reafirmar tudo o que já havia sido dito. E a palavra de Deus age apenas

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