Estudo sobre príons

Rio de Janeiro, 12 de Julho de 2013.

Há algum tempo atrás, pensava-se que as proteínas não podiam replicar-se. Mas isso mudou quando um pesquisador observou que príons (PrP) podiam se replicar. Mas o que são príons? Príon é uma partícula proteica infecciosa (presente em todo mamífero) que estimula outras proteínas a serem convertidas para a forma alterada. Esta é formada por alfa hélice e folhas beta e além disso é glicosilada. Possui também duas formas de expressão: PrPc e PrPSc. PrPc e PrPSc são proteínas que possuem a mesma composição, mas a forma final que cada uma assume é bem diferente uma da outra. A última é muito resistente à água e calor, por exemplo, colaborando assim para a sua permanência no organismo. Também por ser mais resistente, quando há interação entre PrPc e PrPSc, todas as PrPc são transformadas em PrPSc, aumentando assim cada vez mais o número de PrPSc. A partir daí surge o problema: as proteínas com sua forma alterada não cumprem sua respectiva função no tecido, provocando assim o surgimento de placas amilóides, que são depósitos de proteínas que bloqueiam e matam neurônios do cérebro. Então, é diagnosticada uma doença chamada encefalopatia espongiforme transmissível, que só apresenta sintomas após o paciente ter uma grave inatividade neurológica. Um exemplo dessa doença foi o caso do "Mal da Vaca Louca", no Reino Unido, onde as vacas estavam sendo alimentadas com farinha de restos ósseos (que possuem medula) e por isso algumas foram infectadas, infectando assim, outras. É importante citar que o campo de estudos dessa área é muito novo. Existem vários impedimentos na pesquisa de anti-príons na área in vitro e na in silico (métodos utilizados para pesquisa). Mas as pesquisas recentes apresentaram um dado relevante: em 200 compostos testados, foram utilizados 40 inibidores, sendo que apenas 10 deles foram eficazes. Foi feita uma segunda pesquisa e alguns destes inibidores eram tóxicos, mas houveram outros que reagiram com