Estudo do poema de Joan Brossa e do filme Kaspeas Hauser

925 palavras 4 páginas
Análise do poema de Joan Brossa e do filme “Kaspar Hauser”

1 - A partir do poema visual de Joan Brossa, discuta a teoria semiótica de C.S. Pierce

A poesia visual é um gênero extratextual. Um poema visual não trabalha apenas o

texto, muitas vezes o texto torna-se um elemento coadjuvante na composição de um poema

visual, podendo até mesmo não existir. Em um poema visual, a peça chave para a compreensão

e interpretação é como a obra é visualmente apresentada. A maneira que o texto é apresentado

está intrinsecamente ligada à sua interpretação. Se separarmos texto e forma, perde-se o valor do

poema.

Na poesia visual, a linguagem verbal não tem importância – o material está muito

mais conectado ao valor visual que ao valor literário tradicional. Na poesia visual, precisamos

analisar todos os elementos presentes na composição do poema, ela transita em diversos campos

artísticos, ultrapassando as barreiras impostas pelo gênero literário tradicional e aventurando-se

em outras variantes da arte.

A teoria semiótica de Peirce se apoia em três categorias: qualidade, relação e

representação, sendo eles apresentados, respectivamente, em primeiridade, secundidade e

terceiridade.

Quanto a primeiridade do poema de Brossa, a primeira impressão que temos ao

colocar os olhos no poema é enxergar a figura de uma chave, é um ícone, ou seja um desenho

que representa uma chave, percebemos que a imagem é composta pelas cores preta e branca e

então percebemos as letras que formam uma parte desse objeto, e então percebemos que as letras

compõe o nosso alfabeto.

A secundidade do poema, é refletir sobre ele, sobre o que vemos e relacionar esse

poema concreto a símbolos que conhecemos e vivencias que temos. Relacionamos a chave a

abertura de coisas: portas, gavetas, cofres e etc. Depois pensamos nas letras, pensamos na escrita,

na fala, na comunicação, mas não paramos pra refletir sobre o que essas

Relacionados