Estoicismo, direito romano e suas influencias

O pensamento estoico diz que a natureza, animada pela divindade, é o que mantém uma ordem natural. Esse pensamento do estoicismo grego fica evidente no tratamento que os juristas romanos tiveram ao tratar do Direito Natural. Para eles, o ser humano, por fazer parte da natureza, deve seguir os princípios naturais para manter a harmonia e para isso torna-se de suma importância que o homem sirva ao interesse comum a todos, sendo esse interesse comum o fator de ligação dos homens com as leis naturais. Além disso, o estoicismo tem forte ligação com o pensamento da moral romana, ligando-se a justiça. Um exemplo claro são os dizeres de que “o direito é a arte do bom e do justo”.

Os jurisprudentes romanos podem ser considerados os criadores da ciência do direito, pois foram eles os primeiros a atribuir o elemento da universalidade às analises da jurisprudência. O fato de Roma ter absorvido grande parte do conhecimento e cultura dos povos dominados por ela, seus jurisprudentes puderam tem uma formação acadêmica de extremo prestigio e grande importância. Tendo como base esse vasto conhecimento adquirido e através de métodos empíricos e dialéticos, os jurisprudentes romanos puderam desenvolver toda uma análise racional sobre o fenômeno jurídico. Graças as suas análises tornou-se possível o estabelecimento de muitos princípios e conceitos, que por terem alto poder de abstração, englobavam diversas situações, sendo assim possível a aplicação das mesmas não só em Roma, mas também nos povos dominados. O implemento da retórica grega em seus escritos fez com que o direito fosse criado como uma ciência racional, coerente e sistematizada.