Estamira

“Estamira é a história de uma mulher de 63 anos, e 20 deles passado em um lixão de Gramacho Rio de Janeiro/RJ. Essa história toca, emociona, mexe com os nossos sentimentos mais profundos, transforma nossas percepções sobre a pobreza e a loucura. Vai contra a hipocrisia e muitos valores, e não romantiza a realidade. Dá vez a alguém que tem algo importante a dizer, revela a poesia da loucura, mostra a realidade dos catadores de lixo. E, acima de tudo, é uma verdadeira obra de arte.
Estamira reúne o retrato da miséria e da loucura, mostrando o caráter poético e filosófico de suas palavras.
Tanto sofrimento e marcas de um passado repleto de desilusões e frustrações fizeram essa mulher se tornar em um ser humano que mistura o irreal com o real de uma forma tão conturbada e ao mesmo tempo com tanta verdade, que me fez pensar que Estamira é mulher além de seu tempo. Insanidade e lucidez fazem de Estamira uma incógnita.
Tachada como louca por sua família e médicos que não fazem outra coisa além de dopá-la com remédios, essa mulher se recusa a se entregar a tudo que a tire de seus pensamentos e crenças.
Muito preocupada com o meio ambiente e com o desperdício feito, principalmente por aqueles que tem menos, ela deixa isso claro quando cita o exemplo do uso de uma camisa. "Se a camisa estiver suada, não deve ser jogada, pois o correto seria lavar e usar novamente", não acredita ter ninguém inocente e sim "esperto ao contrário"
Deixa claro que tem uma missão na vida, que é mostrar a verdade doa a quem doer, e faz dessa verdade um desafio a muita gente que julga ter poder e conhecimento de