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Reflitamos sobre a liberdade natural a partir de dois importantes aspectos da vida do homem primitivo: a independencia e a capacidade de escolha. A independência natural seria a liberdade de tudo fazer sem nenhuma restrição, o que caracteriza também a autossuficiência. É sabido que, no estado de natureza, não há leis sociais estabelecidas que impeçam qualquer ação. As regras que existem nesse estado são apenas as leis da natureza, dentre elas, talvez a mais forte seja a preservação da vida que se manifesta no Amor de Si. Na ausência, da propriedade, por exemplo, todas as coisas são de todos ou não pertencem a ninguém. O homem pode usufruir de tudo que existe na natureza sem nenhum impedimento. Também não há qualquer relação de interdependência. O homem primitivo vivia praticamente isolado e por isso não precisava manter mútuas relações como no estado civil. Ele bastava-se a si mesmo, ou seja, era autossuficiente.
Se relacionarmos a independência da vida natural com as carências da vida do homem civil, por exemplo, iremos perceber que há grande diferença. O homem natural, diferentemente do homem civil, não acumulava grandes conflitos existenciais, não tinha grandes ganâncias, não estava preocupado com o futuro, vivia totalmente desprendido de bens materiais, não temia nem a vida nem a morte, não dependia dos outros para viver. Essa comparação nos permite pensar na tranquilidade que essa independência proporcionava ao homem natural.
Nesse sentido, todos eram iguais, pois todos tinham os mesmos direitos. Com outras palavras, todos levavam o mesmo ritmo de vida, alimentavam-se com a mesma comida e faziam praticamente as mesmas atividades, por isso o estado de natureza pode ser considerado também como um estado de liberdade e igualdade. Ligada à independência está a capacidade de escolha. Ela talvez seja a característica mais forte da liberdade natural, pois permite que o homem seja um agente livre. Nela está a principal diferença entre o homem e o animal. Essa

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