esquema do saber cientifico
LAVILLE; Jean DIONNE
Lavilhe e Dionne, no texto “O nascimento do saber cientifico”, defendem a tese de que para sobreviver e facilitar sua existência, o ser humano confrontou-se com a necessidade de dispor do saber e construí-lo por si só. Das diversas maneiras do conhecimento construídas a mais eficaz é a pesquisa científica. No entanto, os antigos meios de conhecer coexistem com o método científico. Os autores afirmam que o objetivo da pesquisa é conhecer o funcionamento das coisas, para controlá-las, e fazer previsões a partir daí. A primeira forma de conhecimento pontuada pelos autores é o saber espontâneo. Este é elaborado a partir da experiência e observações pessoais para ser reutilizado com o intuito de facilitar a vida, eles inferem uma generalização.
Dentre os saberes espontâneos aparece a intuição, que é um saber construído e aceito pela primeira compreensão que vem à mente, suas explicações intuitivas, ou espontâneas são chamadas de “senso comum”, às vezes de “simples bom-senso”. Sendo que o senso comum advêm dos saberes originários de observações imediatas e sumárias da realidade.
Outro conhecimento espontâneo é a tradição, que é o princípio de transmissão do saber do senso comum, legando saber que parece útil e adequado conhecer para conduzir a vida. É mantido por ser presumidamente verdadeiro. Dita o que se deve conhecer, compreender, e indica, por conseqüência, como se comportar. Os saberes que a tradição transmite não se baseiam na experiência racionalizada. Como ultimo meio de saber espontâneo os autores destacam a autoridade. Sem provas metodicamente elaboradas, se encarrega da transmissão da tradição. O saber das autoridades guarda para aqueles que o recebem, o caráter espontâneo. Este saber deve-se ao fato de que nem todos podem construir um saber espontâneo, que seria útil conhecer. O valor do saber imposto repousa no consentimento e na confiança que temos naqueles que o