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Os benefícios são itens importantes na gestão, mas, cada vez menos decisivos na hora de garantir que os bons profissionais fiquem por perto.
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Dentro do cardápio de assuntos corporativos, o item benefícios tem sido um dos que mais têm exigido a atenção dos gestores. Ao mesmo tempo em que se vêem obrigados a racionalizar os custos, não podem deixar de ter um pacote competitivo que caia nas graças dos funcionários. Mas isso não significa que os benefícios, por si, sejam capazes de atrair e reter bons profissionais. Até poucas décadas, os benefícios eram considerados muito atrativos. Hoje, viraram commodities . Segundo a consultora da Hewitt, Thais Blanco, os benefícios muitas vezes não são valorizados, pois não há uma percepção do custo que representam. Por conta disso, ela diz que as empresas têm trabalhado intensamente para mostrar que o pacote de benefícios é um item importante da remuneração total. "Benefício é um mal necessário. Se você não o tiver ele desmotiva, mas por si só não motiva", diz Cícero Penha, diretor de talentos humanos do Grupo Algar, que conta com cerca de 10 mil funcionários. Na opinião dele, a remuneração só vem em quarto ou quinto lugar na lista de interesses de alguém na hora de buscar uma companhia para trabalhar. O primeiro, para ele, é a possibilidade de fazer carreira. "Não adianta oferecer um excelente pacote de benefícios se o chefe for um cavalo ou se não o chamarem para participar de uma tomada de decisões." Para ele, o benefício é um facilitador que ajuda os funcionários a terem acesso a uma série de produtos como a assistência médica. Além de uma série de benefícios básicos, o grupo oferece também um sistema de remuneração variável, que Penha acredita ser o fator de maior impacto em termos de satisfação dos funcionários. Em anos em que a empresa registra lucro líquido positivo, os colaboradores ganham de 1,5 salário até 4,5 salários a mais. Algumas