Escrever é preciso

No livro “Escrever é preciso: o princípio da pesquisa” o autor Mario Osorio Marques diz que fomos alfabetizados em obediência a certos rituais, induzidos desde o início, a escrever bonito e certo. Isso nos causa um temor antes de escrever, enquanto que deveríamos fazê-lo de forma natural, assim como uma conversa entre amigos. Estamos tão mal acostumados que simplesmente temos medo de começar. É como diz o título do primeiro capitulo, “A questão é começar”. Desta forma o autor nos convida a entender, como necessitamos nos reeducar para fazer o escrever um ato inaugural. O autor fala que um tema pode ser escolhido em uma hipótese ou até mesmo de um diálogo. Mas ele poderá mudar a qualquer momento.
Algo que me chamou bastante atenção foi o fato de o autor falar sobre criatividade e tempo, pois muitas vezes alegamos não escrevermos bem devido à falta de criatividade ou um curto espaço de tempo. E se referindo a isso ele diz: “Gostaríamos, talvez, de ter um tempão só para escrever. Não adianta, não o temos e se o tivéssemos duvido que escrevêssemos melhor.”
O livro nos mostra que devemos deixar nossos medos de lado para que possa assim fluir o ato de escrever como um ato inaugural, cujo maior desafio é começar, sem grandes preocupações com determinações e definições que trazemos desde o ensino fundamental. Quando temos um assunto para conversar com nossos amigos por exemplo falamos sem grandes dificuldades, as palavras fluem, é só começar a conversa e daí em diante nem vemos o tempo passar, sabemos começar e terminar as frases corretamente, expressar todas as ideias, mas quando temos que colocar as palavras no papel, ficamos excessivamente preocupados, fechamos nossa mente e não sabemos organizar as ideias.
O autor nos aconselha a praticarmos, ele diz que: “Por que não dispensar tanta preparação, enfrentando de cara a folha em branco, começando a escrever escrevendo, segundo a sabedoria do aprender fazer fazendo?” Isso nos mostra que devemos praticar, e