Escolha profissional

A escolha profissional está diretamente ligada à felicidade da pessoa, uma vez que a pessoa irá passar a metade, ou mais, de seu dia, dedicando-se ao seu trabalho, além do que, é este ambiente um contexto rico em relações sociais. E é por meio das relações que o homem sobrevive, é na interação com o ambiente e com o próximo que a pessoa poderá estabelecer o seu estilo de vida, ou seja, é pelo trabalho que torna possível seu reconhecimento na sociedade.
A dificuldade de escolher uma profissão na atualidade não é um problema exclusivo do adolescente, já que as decisões profissionais são comuns durante toda a vida do sujeito, considerando, porém, que na adolescência essa dificuldade se agrava, pelo fato de ser a primeira vez que o jovem se encontra nessa condição.
Para Moura (2001, p. 17) “Quando quem decide é um adolescente, essa escolha gera mais conflito em função não apenas das dificuldades próprias dessa fase, mas também pelas sérias implicações que a decisão presente pode acarretar no futuro”.
Esse processo de escolha na atualidade gera muita tensão, ansiedade e insegurança nesse momento da vida. Há muita pressão por uma escolha definida por conta dos fatores aqui mencionados, que provocam muita expectativa social da pessoa sobre si mesma. A situação tende a ser sentida como definitiva, e essa decisão de escolha profissional influenciará toda sua vida futura e determinará sua inserção na sociedade. Tudo isso, em função do implacável pano de fundo da competição capitalista. Somado a esse momento particular de cada pessoa, pode-se considerar ainda o contexto cultural como outro aspecto de destaque na atualidade. A pós-modernidade é marcada pela eficiência e igualdade como ideal, segundo Bauman (1998), mas o contra-senso se instala justamente porque vivemos uma cultura individualista, cujo valor é sempre a renovação, mas que se concretiza na padronização do idêntico e do estereótipo. Segundo Bauman (1998), há um esgotamento da vanguarda que traz uma