Escolas Abacias, Catedrais, palacianas - história pedagogia

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Se, até ao século XI, a vida intelectual era praticamente monopólio da Igreja, a partir do século XII, inaugura-se uma nova fase. À margem da sociedade feudal, emerge um novo grupo social, a burguesia, urbana, mercantil e manufactureira, dedicada à finança, acumulando riquezas, poder e importância cultural. É com o seu apoio que se vai operar a renovação da ideia de escola, a sua abertura para além das paredes dos mosteiros e abadias rurais.
O ensino literalmente deixa o campo e instala-se definitivamente nas cidades. As Escolas Catedrais (escolas urbanas), saídas das antigas escolas episcopais (que alargaram o âmbito dos seus estudos), tomaram a dianteira em relação às escolas dos mosteiros. Instituídas no século XI por determinação do Concilio de Roma (1079), passam, a partir do século XII (Concilio de Latrão, 1179), a ser mantidas através da criação de benefícios para a remuneração dos mestres, prosperando nesse mesmo século.

A actividade intelectual abre-se ao exterior, ainda que de forma lenta, absorvendo elementos das culturas judaica, árabe e persa, redescobrindo os autores clássicos, como Aristóteles e, em menor escala, Platão.

 Escolas Abaciais, Catedrais, Palacianas

No centro da formação da elites está a transmissão do saber, que se desenvolve nas escolas organizadas pela igreja, qual substituiu gradativamente o Estado neste papel. Escolas abaciais, catedrais e palatinas e suas diferenças. As Escolas Abaciais estão ligadas à vida monástica, que organiza ensinos de alcance, sobretudo religioso, segundo regras e procedimentos rigorosamente fixados, dando vida a um tipo de saber bem diferente do antigo, feito de comentários e interpretações canônicos, e que que não “descobre” a verdade, mas a “mostra”: um saber dogmaticamente fixado e que se trata apenas de esclarecer e de glosar. Nas escolas abaciais predomina uma cultura ascética ligada aos estudos dos textos sagrados e do saltério, dedicada à formação espiritual e imediato.

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