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Carlos Drummond de Andrade

Carlos Drumumond de Andrade publicou seu primeiro livro em 1930, que se chamava, Alguma Poesia, tinha como titulo “Cidadezinha Qualquer”. Falava assim de cidade natal em Minas Gerais, pacata e humilde.

Cidadezinha Qualquer
Casa entre bananeiras
Mulheres entre laranjeiras
Pomar amor cantar.

Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.

Devagar... as janelas olham.

Eta vida besta, meu Deus!

O autor neste poema fala de uma cidade do interior, também da vida simples que o homem leva fora de ambiente urbano.
Drummond nesta época era um poeta irônico, utilizava uma linguagem sintética, ele dizia que a vida nessa cidade era besta, pois ele morava no Rio de Janeiro, saiu de Minas Gerais ainda pequeno.
O poema denuncia de forma irônica e com uma linguagem sintética a monotonia e o tédio que predominam em pequenas cidades do interior.
Uma cidade humilde, ele ironiza-a como se estivesse falando de uma cidade calma, que as pessoas fazem as coisas todo os dias, como por exemplo: ir para roça todos os dias, sentar de baixo de uma árvore para conversar, etc.
O poema fala que homem, o cachorro e o burro andam todos devagar, todas as coisas são lentas nessa “cidadezinha”. A vida pacata que todo mundo se conhece, por ser uma cidade pequena.
Drummond ironizava sua obra, pois ele já havia morado em uma cidade pequena que nem a do poema, ele falava que não lidava com cidade pacata quando ele fala “eta vida besta, meu Deus!”.
Bibliografia

AMARAL, Emília, FTD 1º edição, São Paulo, língua portuguesa.