Escola Jônica

ESCOLA JÔNICA –

Tales de Mileto: matemático, astrônomo e político.
Para Tales o princípio de onde tudo procede é a água, isto é, a humanidade. É provável que fundasse esta afirmação na experiência de que os alimentos e o semem de animais e plantas são úmidos. Ela, como princípio que é de tudo, carece ela mesma de princípio. Deve entender-se como uma força ativa, animada e animadora, como elemento “divino”. Dela derivam todas as demais forças e os seres todas da natureza. Também pensava Tales que a terra era um disco flutuando sobre a água. Ademais, o mundo estava cheio de espíritos (hilozoísmo). Finalmente admitia que as estrelas estavam cravadas no firmamento.

Anaximandro: matemático e astrônomo.
Sucessor de Tales, escreveu a primeira obra Sobre a natureza, título que será utilizado depois por muitos filósofos. Pensava que uma matéria finita não poderia dar origem à indefinida sucessão de mudanças. O avanço de sua cosmologia sobre Tales é notável: o apeíron é princípio de todas a determinações físicas, contingentes e mutáveis que se observam no mundo. Em si mesmo considerado carece de toda determinação física e concreta. É, portanto, originalmente indefinido e originador de toda determinação cósmica. Diante da multiplicidade das coisas, possui o apeíron unidade; diante do desequilíbrio, harmonia; diante da contingência, necessidade; diante da temporalidade do nascente e perecível, eternidade. O apeíron é o “divino imortal” donde tudo se origina e para onde tudo regressa. Relacionado à ele todo o demais é ruptura e fracionamento, desequilíbrio e contrariedade.

Anaxímenes: o princípio é o ar, isto é, o estado gasoso, cuja condensação ou rarefação dão origem a tudo que existe. Para ele também a natureza está animada – viva – pelo verdadeiro sopro da vida, o ar.

Exame da doutrina jônica:
Toda sua explicação se resolve a partir de um princípio material, que é concreto para Tales, indeterminado para Anaximandro e vital para Anaxímenes. Os três são