Esclerose lateral amiotrófica

6470 palavras 26 páginas
1 INTRODUÇÃO

A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta para existência de cerca de 6.000 doenças raras no mundo e dentre elas, uma doença degenerativa, incurável, a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) (ABRELA, 2010).
Oliveira e Pereira (2009) afirmam que a ELA faz parte do grupo das doenças do neurônio motor e apresenta-se como uma doença neurodegenerativa que resulta na morte seletiva dos neurônios no cérebro (Neurônios Motores Superiores) e na medula espinhal (Neurônios Motores Inferiores), não havendo, portanto, prognóstico de cura. Em consequência, a evolução da doença cursa, em média, três a cinco anos após seu início.
Historicamente, a ELA foi inicialmente identificada na França, no século XIX e foi caracterizada como uma doença rara e complexa (OLIVEIRA; PEREIRA, 2009). Afirmam Cauchioli et al, (2007) o diagnóstico do primeiro caso foi no ano de 1853, paciente do sexo masculino, Prosper La Conte, dono de um circo francês.
Entretanto, apenas 16 anos depois, as características essenciais para o seu reconhecimento e diagnóstico foram estabelecidas. Tais características foram determinadas após uma série de estudos realizados por dois médicos franceses: Joffroy e Jean-Martin Charcot (CAUCHIOLI et al, 2007).
Segundo Lima e Nucci (2011) a incidência mundial anual de ELA aproxima-se de 1,5 a 2 casos/100.000 por ano e prevalência de 6-8 casos/100.000 habitantes/ano.
Logo, no Brasil a prevalência estimada varia 0,9-1,5 casos/100.000 e a incidência varia de 0,2-0,32 casos por 100.000 habitantes/ano. Estudos demonstraram que os homens são duas vezes mais propensos a sofrer de ELA (LIMA; NUCCI, 2011).
No que tange aos fatores causais, associa-se a doença autoimune e lesões por radicais livres. A principal teoria sustentada pelos pesquisadores é que a excitação excessiva das células nervosas pelo neurotransmissor glutamato leva à lesão celular e degeneração neuronal (SMELTZER; BARE, 2005).
Entretanto, para Oliveira e Pereira (2009) quase 10% dos casos

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