epidemmia

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Filovírus
Os vírus Marburg e Ebola (Fig. 60-4) foram classificados como membros da família Rhabdoviridae, mas agora são classificados como filoviroses (Filoviridae). Eles são vírus filamentosos, envelopados, com RNA de fita negativa . Estes agentes causam febres hemorrágicas graves ou fatais e são endêmicos na África.
Estrutura e Replicação
Os filovírus possuem genoma de RNA fita simples (4,5 × 106 Da) que codifica sete proteínas. Os vírions formam filamentos envelopados, com um diâmetro de 80nm, mas também podem assumir outras formas. Eles variam, em comprimento, de 800 nm até 1.400nm. O nucleocapsídeo é helicoidal e encerrado em um envelope que contém uma glicoproteína. O vírus se replica no citoplasma como os rabdovírus.
Patogênese
Os filovírus se replicam eficientemente, produzindo grandes quantidades de vírus em monócitos, macrófagos, células dendríticas e outras células. A replicação em monócitos provoca uma tempestade de citocinas pró-inflamatórias semelhante à septicemia. A citopatogênese viral causa extensa necrose tecidual nas células parenquimatosas do fígado, baço, dos linfonodos e pulmões. A destruição das células endoteliais levando à lesão vascular pode ser atribuída às glicoproteínas do Ebola. Cepas com mutações no gene destas glicoproteinas não apresentam o componente hemorrágico da doença. A hemorragia generalizada que ocorre nos pacientes afetados causa edema e choque hipovolêmico. O vírus também pode escapar das respostas inatas e imunes do hospedeiro. Uma forma solúvel da glicoproteína é liberada, podendo inibir a ativação de neutrófilos e bloquear a ação de anticorpos.
Epidemiologia
A infecção pelo vírus Marburg foi detectada pela primeira vez em trabalhadores de laboratório em Marburg, Alemanha, que tinham foram expostos a tecidos de macacos verdes africanos aparentemente saudáveis. Casos raros de infecção pelo vírus Marburg foram vistos no Zimbábue e Quênia. O vírus Ebola recebeu o nome do rio na República Democrática do Congo

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