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1391 palavras 6 páginas
Epidemiol. Serv. Saúde vol.17 no.1 Brasília Mar. 2008
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EDITORIAL Dos dados a política: a importância da informação em saúde

Maria de Fátima Marinho de Souza
Membro do Comitê Editorial

As informações e indicadores de saúde têm sido descritos como os olhos dos responsáveis pela formulação das políticas de saúde. Não resta dúvida de que, freqüentemente, os gestores são incapazes de ver através da nevoa provocada pelas variáveis de confusão, mal-classificadas ou ausentes.1
Uma política pública para enfrentamento dos vários problemas de saúde, seja de morbidade ou de mortalidade, necessita de uma base de informações confiável, que sustente e direcione a tomada de decisão. A identificação dos determinantes do processo saúde-doença, das desigualdades em saúde e do impacto de ações e programas para reduzir a carga de doença na população só é possível a partir de boas informações e no momento oportuno.
A informação mais utilizada, básica para analise da situação de saúde, é a de mortalidade: quem morre e de que morre.2 Poucos países com maior necessidade desses dados dispõem de sistemas de registro vital para produzi-los. A despeito da legislação que estabelece e mantém registros vitais, dados confiáveis sobre idade, sexo e mortalidade por causa são deficientes em mais da metade dos países: apenas um terço das 56 milhões de mortes estimadas anualmente, no mundo, encontram-se registradas nos sistemas de registro vital.3
A informação em saúde é prioridade recente de governo, especialmente com a introdução dos processos de pactuação de indicadores de saúde – Pacto pela Saúde,4 Pacto da Vigilância em Saúde, etc. –, estratégias que fortalecem a informação e as analises de situação de saúde e valorizam os sistemas de informações com a ampliação do seu uso. Apesar das dificuldades na produção do dado ainda existentes, como falta de estrutura (recursos materiais e humanos, por exemplo),

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