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7643 palavras 31 páginas
A Massificação da Cultural e a Indústria Cultural em Adorno
Autoria: Carolina Machado Saraiva de Albuquerque Maranhão

Resumo
Este artigo tem como propósito discutir o conceito de indústria cultural cunhado pelos frankfurtianos, em especial Adorno e Horkheimer em seu famoso livro “Dialética do
Esclarecimento” (1985). Nossa intenção não é descrever o conceito tal como ali presente, mas compreendê-lo de maneira crítica como esfera de constelação de idéias e momentos expressivos da filosofia social crítica. As discussões acerca da função da cultura e da obra de arte no capitalismo são anteriores ao conceito de indústria cultural. Os próprios frankfurtianos
Benjamin e Marcuse já haviam escrito sobre o tema, como podemos perceber nos escritos “A
Obra de Arte na Era da Reprodutibilidade Técnica” (BENJAMIN, 1985), e “Sobre O Caráter
Afirmativo da Cultura” (MARCUSE, 1997), cujas tônicas são uma forte crítica à dimensão da arte entendida em um sentido convencionali (DUARTE, 2003). O sentido convencional refere-se à concepção de produção da obra de arte como esfera cultural dissociada da produção cultural derivada da nascente indústria de cultura. Esse debate aprofunda à medida que o capitalismo se desenvolve. O desenvolvimento tecnológico revelava cada vez mais o significado reservado às obras de arte na esfera pública. Foi ficando cada vez mais claro para os teóricos críticos que a promessa de universalização da cultura – contida na massificação dos meios culturais - não passou de uma forma sofisticada de opressão: “os valores do bom, verdadeiro, justo e belo são válidos universalmente e realizáveis no ‘interior de cada sujeito’, sem que esteja implícito o compromisso de transformar a realidade” (SILVA, 2005, p. 31).
A compreensão aprofundada das raízes deste conceito, bem como suas reformulações feitas ao longo dos anos por Adorno, é fundamental para o seu uso como base argumentativa em pesquisas na área de administração e especificamente no campo dos Estudos

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