Envelheciemnto humano

CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENVELHECIMENTO HUMANO: DA COMPLEXIDADE AO DESAFIO DA INTERDISCIPLINARIDADE. Universidade de Passo Fundo, 28,29,30. 04. 2010.

ENVELHECIMENTO HUMANO: CIÊNCIA, CULTURA E ÉTICA
OBSERVAÇÕES INICIAIS
O tema do envelhecimento humano possui abrangências em diferentes ramos do saber humano, da vida de cada pessoa, dos inúmeros sistemas culturais, apenas para citar alguns desses cenários em que o fenômeno acontece. Essas poucas referências são suficientes para acentuar o nível de sua complexidade. A história da humanidade, nela presente a fase da chamada pré-história, revela que todos os povos definiam o ciclo da vida, de qualquer ser vivo, em três momentos: nascer, viver e morrer. Não foi resultado de especulação. Os fatos eram suficientes. A evolução mais significativa na compreensão da existência de cada pessoa se dá a partir de uma observação direta do operar da vida, do nascimento à morte. Durante muito tempo atribuiu-se ao desenrolar da existência, em três períodos distintos, significados sociais, mais que fases biológicas. O primeiro período é o do crescimento, entendido como uma preparação para o segundo período, culminando com o rito de passagem. O segundo período é o da fase adulta ou da plena participação em todas as atividades da ordem social vigente. O terceiro período é o da velhice, geralmente definido como o tempo da sabedoria. É importante lembrar que essas interpretações do desenrolar da vida humana foram construídas sem os recursos de modelos teóricos de produção do conhecimento. Elas foram conclusões elaboradas pela observação e percepção imediata dos fatos. São os saberes ditados pela leitura visual da fenomenologia da realidade humana. A grande e radical modificação da explicação da vida humana se dá com o surgimento do projeto do saber racional. Os sentidos podem enganar. A superfície da realidade é passageira. A realidade em si está posta além dessas aparências fugidias. O conhecimento verdadeiro é aquele que ultrapassa