Muito se fala sobre discriminação racial, e nos últimos tempos da discriminação para com os doentes portadores de moléstias sexualmente transmissíveis sendo a principal a AIDS. Mas tem uma discriminação da qual não se fala, (parece haver uma espécie de pacto na sociedade economicamente ativa) e “não se vê”; a discriminação do mercado profissional para com as pessoas acima de 40 anos. É uma discriminação surda, velada, não aparece nas estatísticas, embora todos saibam e se conformem, pois quando alguém com mais de 40 anos perde o emprego, o primeiro comentário que se houve é: “ Poxa, com essa idade onde é que ele vai conseguir emprego...” Gente, existem pessoas que envelhecem no cronológico mas não na mente, o idoso é uma pessoa de muitos anos, velho é a pessoa que perdeu a jovialidade, pra quem a vida se arrasta, no calendário dela só tem ontem. O idoso ao contrário se renova a cada dia que começa, dialoga com a juventude, seu calendário só tem amanhã, planos, seu olhar mira o horizonte onde a esperança ilumina, o velho ao contrário tem sua miopia voltada ao passado. Há velhos que nem chegaram a serem idosos Vejo o caso de Douglas, apesar de ter 47 anos, não aparenta idade, praticante de esporte, diz ter ainda muito gás pra dar, 2° grau, extremamente hábil pra lidar com números, inteligente, interessado no que faz, procura conhecer a fundo, como por exemplo informática. Em outubro 2010 sabia o que era um computador, mas não tinha a menor idéia de como funcionava, quando a filha comprou um. No começo, achou engraçado aquelas coisas de salas de bate papo, e ardia de curiosidade, ela o convidou, entrou, gostou, aprendeu algumas coisas com ela, mas a sua mente queria mais, fez cursos de manuseio. Não contente, fez montagem e configuração, depois rede, resultado, hoje é um sujeito de 47 anos é quem resolve problemas no computador de muitos moradores do prédio. É chamado pela filha a dar idéias em seus trabalhos, e está querendo mais. Isso não é ser velho,