Entre os muros da escola

1. ENTRE OS MUROS DA ESCOLA

O presente trabalho tem a função de demonstrar que a educação francesa apresentada na película “Entre os muros da escola” e a educação brasileira não estão em uma realidade tão distante, no tocante as relações humanas, dentro de um contexto social de desigualdades sociais, uma vez que o que nos é apresentado reflete a visão de alguém que viu de perto como é a vida de uma escola suburbana, seja ela em Paris, Tóquio ou São Paulo. O conflito entre docente e discente infelizmente é uma constante em se tratando de escolas como a demonstrada no filme, com alunos de famílias migrantes em situação ilegal, pobres, marginalizadas, em situação de risco social, todo esse emaranhado de problemas se exterioriza em forma de violência, insultos, indisciplina, etc.
Durante o filme é demonstrado a vontade do professor Marin em trabalhar sua disciplina com os alunos, buscando adicionar nomes estrangeiros, sendo solicito, quando os alunos lhe pedem que usem nomes comuns, entretanto, a rotina e a falta de objetivos, questionadas pelo autor durante a película, os levam a se engalfinharem em discussões que desgastam a relação professor-aluno. Nas escolas brasileiras a realidade não é tão diferente, diariamente vemos nos veículos jornalísticos televisivos as agressões sofridas por professores, por parte de alunos ou de seus pais, insatisfeitos com notas e correções por mau comportamento, a quantidade de boletim de ocorrência elaborado por ameaças e agressões é enorme, conforme orientação das coordenadorias de ensino de todo o país. No filme a relação professor-aluno é abalada quando o professor Marin e a aluna Esmeralda discutem em sala, quando o comportamento das alunas durante a reunião do conselho é questionado, temos muitos casos registrados em boletins de ocorrência de agressões que começam com discussões entre aluno e professor que tomam proporções fora de controle, chegando muitas vezes a casos de morte de professores.
Durante todo o filme a