ENSINAR SAÚDE OU EDUCAR PARA A SAÚDE?

Muitas vezes, na prática, a educação tem sido considerada apenas como divulgação,transmissão de conhecimentos e informações, de forma fragmentada e enumeras vezes distante da realidade de vida do indivíduo.No caso do ensino de saúde a principio não foi diferente,ela se deu como forma de transmissão de conceitos biológicos buscando uma formação sobre saúde,tais conceitos fundamentaram a proposta clássica de inserção dos programas de saúde como uma das finalidade da disciplina de Ciências Naturais.Entretanto essa estratégia não se mostrou suficiente para garantir a abordagem dos conteúdos relativos aos procedimentos e atitudes necessários à promoção da saúde,pois sabe-se que quando a criança inicia sua vida escolar ela traz consigo a valoração de costumes favoráveis ou desfavoráveis à saúde,oriundos da família e outros grupos com os quais o individuo mantém relação,desta forma tais valorações têm ligação direta com atitudes tomadas pelo individuo em relação a sua saúde,evidenciando que o conhecimento de conceitos sem agregação de valores não é o suficiente para que haja uma mudança de comportamento pelos educandos.
Sendo assim é bom lembrar que a atividade educativa não é um processo de condicionamento para que as pessoas aceitem, sem perguntar, as orientações que lhes são passadas,pois a simples informação, divulgação ou transmissão de conhecimento, de como ter saúde ou evitar uma doença, por si só, não vai contribuir para que uma população seja mais sadia e nem é fator que possa contribuir para mudanças desejáveis para melhoria da qualidade de vida desses indivíduos,por isso se faz necessário educar para a saúde,isto é dotar as crianças e os jovens de conhecimentos, atitudes e valores que os ajudem a fazer opções e a tomar decisões adequadas à sua saúde e ao seu bem estar físico, social e mental, bem como a saúde dos que os rodeiam.
Dessa forma sabe-se que a infância e a adolescência são épocas decisivas na construção de condutas,assim sendo a escola passa