Ensaio

Deverá ser a eutanásia, moral e legalmente aceite?

Eutanásia é a prática pela qual se retira a vida de um ser humano doente, sem uma possível cura, de forma controlada e assistida por um especialista. Esta prática representa atualmente uma complicada questão de ética e direito, uma vez que o Estado tem como dever a proteção da vida dos seus cidadãos. Existem ainda aqueles que, devido ao seu débil estado de saúde, desejam pôr fim ao seu sofrimento, antecipando a sua própria morte. Esta suscita diferentes opiniões, que divergem umas das outras, conforme a evolução da sociedade, os princípios religiosos, da cultura, pois esta interfere com a conceção criada em redor do valor da vida e dignidade humana, que depende de múltiplos fatores.

Existem três tipos de Eutanásia:
Eutanásia Voluntária: quando a morte é provocada atendendo a uma vontade do paciente, ou seja, quando uma pessoa ajuda outra a acabar com a sua vida.
Eutanásia não-voluntária: quando a pessoa a quem se retira a vida não pode escolher entre a vida e a morte para si. É, por exemplo, quando um recém-nascido sem possível cura, ou quando uma doença ou um acidente deixaram uma pessoa incapaz de ter qualquer perceção do real.
Eutanásia involuntária: quando é realizada numa pessoa que poderia ter consentido ou recusado a sua própria morte, mas não o fez, ou porque não lhe perguntaram, ou porque lhe perguntaram mas não deu consentimento, querendo continuar a viver.

Pode ainda estar dividida em dois grupos:
-Ativa: é planeada e negociada entre o doente e o profissional que leva a termo o ato.
-Passiva: não é provocada a morte, no entanto, com o passar do tempo, em conjunto com a interrupção de quaisquer cuidados médicos, o doente acaba por falecer. São cessadas todas as ações que tenham por fim prolongar a vida.
A eutanásia é assunto tabu sobre o qual a maioria das pessoas tem receio de expressar uma opinião ou defender a sua posição, uma vez que põe em causa determinados princípios éticos,