Ensaio sobre jornalismo cultural
“Num ambiente onde todos podem fazer crítica, o crítico cultural perde seu valor. Isso é curioso porque não acontece em outras áreas, como no jornalismo esportivo, político, mesmo tendo vários blogs sobre o assunto”, avalia Marion Strecker, diretora de conteúdo do UOL.
Ivana Bentes, professora de comunicação e cultura da UFRJ, possui a seguinte visão. “Agora as pessoas produzem conteúdo. Eu leio os jornais para ver o que eles não deram. O jornal traz notícias velhas em árvores mortas”. E complementou. “Pra mim o melhor suplemento cultural é o Google, onde aparecem vários arquivos, e eu não fico refém da opinião de alguém”, argumentou.
Turbulência no jornalismo cultural
O jornalismo no geral desde a popularização da internet e mais precisamente das redes sociais passou a disputar espaço com o que podemos chamar de jornalismo cidadão. Então o jornal impresso não trava mais uma batalha solitária em função da web, pois o jornalista tem agora que disputar espaço com o cidadão comum que quer cada vez mais expor a sua opinião e ter vez e voz, o que as mídias sociais proporcionam para esse novo tipo de público.
Na atualidade a tecnologia possibilita registrar tudo a qualquer hora e em qualquer lugar, o que cria mais oportunidades para aqueles que antes procuravam por informação passarem a produzi-la. Hoje as pessoas sentem a necessidade de opinar principalmente quando o assunto é cultura, mesmo havendo uma confusão entre o que é cultura e entretenimento. O jornalismo cultural foi a segmentação mais invadida pelas possibilidades trazidas por essas novas mídias, afinal tem-se crítica sobre vários assuntos em blogs espalhados por essa terra livre que é a web