Trata-se de um texto que procura analisar a história, principalmente a história antiga e a história das sociedades primitivas, de acordo com a concepção materialista, a produção e reprodução da vida imediata. A referência central da obra em apreço, o princípio materialista, se traduz na afirmação que o desenvolvimento humano acompanha o desenvolvimento da produção dos meios de existência, tal fundamentação é compreendida a partir da obra A Cidade Antiga de Morgan, antropólogo norte-americano. Esse, pioneiramente, a partir da concepção do princípio materialista, desenvolveu os estágios pré-históricos da cultura, dividindo-o em Estado Selvagem, Barbárie e Civilização. Essas sendo, as fases descritas no capítulo I da obra analisada. O capítulo II traz que, o matrimônio por grupos era característica do estado selvagem, a família sindiásmica, a qual já admite o matrimônio por pares, embora a poligamia e a infidelidade permanecessem um direito dos homens, era característica da barbárie e a monogamia, com feito somente para as mulheres, característica da civilização, essa, continuando a mostrar uma forma de dominação do sexo masculino sobre o feminino. A expressão ‘família’ foi criada pelos romanos para indicar um novo organismo social, no qual o chefe tinha sob seu poder, inclusive com o direito de vida e de morte, seus filhos, esposa e escravos. Do capítulo III ao VI, Engels explica através das gens, como um grupo que tinha uma descendência comum, como se constituiu o Estado, descrevendo as características encontradas na gens iroquesa, o mesmo processo entre os gregos, romanos, celtas e germanos, ou seja, entre os povos civilizados da antiguidade; o agrupamento dessas gens formava uma tribo, que se separava das demais por vastas zonas territoriais, debilitadas por contínuas guerras. O Estado surge com a característica de assegurar a propriedade privada e para garantir que essa classe explorasse às que não possuíam; a instituição do Estado seguia os interesses baseados