Enfermagem

1 – INTRODUÇÃO A obesidade em sociedades primitivas era culturalmente vista como algo desejável, sinônimo de beleza e prosperidade. Atualmente, para a população desenvolvida, a obesidade é uma doença responsável por grandes riscos a saúde (BUSSE, 2004).
Com a transição tecnológica o suprimento alimentar passou a ocorrer regularmente, sendo disponibilizadas 24 horas por dia, enquanto o gasto energético diário foi substituído pela inatividade física do conforto e mordomia (BUSSE, 2004).
Com a imigração do campo para a cidade ocorreram mudanças na capacidade de produção e comercialização agrícolas, melhoria de transportes urbanos, automatização industrial e doméstica, maior oferta de alimentos rápidos e prontos para comer (fast foods) ricos em gordura e açúcar e pobres em fibras, contribuindo para o aumento dos índices de obesidade (BUSSE, 2004).
Assim, a adiposidade que era considerada na história da humanidade um sinal de sobrevivência, saúde, beleza, status social e riqueza, passou a ser na segunda metade do século passado, o principal fator de risco às doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) como diabetes melito tipo 2 (DM2), hipertensão arterial, dislipidemias, artrites e cânceres (BUSSE, 2004).
Estudos recentes comprovam que a obesidade e a mortalidade estão positivamente associadas, independentes das suas causas (BUSSE, 2004). Lessa (1998) mostrou que a adiposidade abdominal esta fortemente relacionada ao risco cardiovascular e mortes por doenças do coração. Dessa forma, é importante identificar a obesidade antes do aparecimento de suas conseqüências (WHO, 1998).
O excesso de tecido adiposo, principalmente na região abdominal, está associado à resistência à ação da insulina e hiperinsulinemia. Dentre as conseqüências da hiperinsulinemia encontra-se o seu efeito lipogênico que induz o acúmulo de gordura visceral ou abdominal, aumentando os riscos para o desenvolvimento da síndrome metabólica e DM2 (LESSA, 1998).
Segundo Escrivão et al. (2000), a