Emílio, ou Da Educação
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES - CCHLA
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA-DFIL
DISCIPLINA: SEMINARIO INTERDISCIPLINAR I
DOCENTE: DR. ANTÔNIO BASÍLIO NOVAES THOMAZ DE MENEZES
DISCENTE: IONARA MAGALLY PEREIRA GOMES
III UNIDADE
ATIVIDADE AVALIATIVA
Segundo Rousseau, na adolescência ocorre o segundo "nascimento" do homem. Este período é curto, mas cheio de transformações: o jovem é tomado pelo "murmúrio das paixões e por uma contínua inquietação do espírito". A partir dos novos sentimentos e paixões que experimenta, forma-se um elo entre ele e os outros homens. A educação negativa, que instigou a Emílio a conhecer seus próprios gostos para proteger-se dos preconceitos e discursos dos outros, foi uma preparação para uma nova etapa: a educação social. O objetivo da primeira é favorecer o desenvolvimento do ‘homem natural’, da segunda, adaptá-lo à vida com os outros.
No livro IV, Rousseau escreve que as paixões não são maléficas e destrutivas, ao contrário, é uma delas que permite que nos conservemos: o amor-de-si. Este é um sentimento natural e benéfico que permite que busquemos aquilo que é bom e rejeitemos aquilo que pode nos prejudicar. Quando o interesse começa a comandar as ações, o amor-de-si transforma-se em amor-próprio, a criança deseja que todos a prefiram em estrago de si mesmo. Dos relacionamentos entre os homens surgem às comparações e as preferências, destas, derivam-se sentimentos como o ódio, a inveja, etc. O sentimento absoluto (amor-de-si) transforma-se em orgulho e vaidade, nutridos pela opinião. Os adultos são responsáveis pela índole da criança e devem educá-los de forma a não ‘estragá-la’. Segundo Rousseau, é preciso preservar a inocência dos jovens para que eles não envelheçam antes do tempo. Se quisermos ordenar e regrar as paixões nascentes, devemos estender o período de seu desenvolvimento para que elas se arranjem por si mesmas. A natureza é quem as ordena, não o homem. O