Empresas Multinacionais e a Industrialização no Brasil

Empresas Multinacionais e Industrialização no Brasil – FEB
• Os primórdios de empresas estrangeiras na economia brasileira: A presença de empresas estrangeiras na economia brasileira não é um fenômeno recente, ainda que sua entrada tenha sido mais significativa nas últimas três décadas. No período que se estende de cerca de 1860 ao final do século, o investimento direto estrangeiro no Brasil, crescentemente importante, localizou-se principalmente em atividades não-manufatureiras, tais como o setor bancário e de seguros, exportação e importação, companhias de navegação, construção ferroviária e mineração. Desde 1880, investimentos se deslocaram para serviços públicos. Este período registra maciça predominância do capital inglês, com mais de ¾ do investimento direto realizado enquanto a França respondia apenas por 6%.
• A crescente demanda internacional por café causou o boom do café, bem como foi facilitado por investimentos, pela redução dos custos de transporte proporcionada pelas ferrovias e casas de exportação. A produção inglesa de máquinas foi fortemente estimulada pela demanda externa decorrente do intenso crescimento industrial de países como EUA, Alemanha, e França. Em conseqüência da crise econômica que tem lugar a partir dos anos 70, as oportunidades de investimento estrangeiro tornam-se mais atraentes para o capital inglês e reforçam sua tendência à expansão internacional. No Brasil, isto se manifesta tanto através de uma entrada crescente de investimento direto inglês, estender as fronteiras de expansão do investimento, saída para o excesso de capital e ainda ampliar o mercado externo.
• Os empréstimos contraídos pelo governo brasileiro com Londres cresceram aceleradamente um considerável crescimento da dívida externa brasileira até o fim do século. Os primeiros anos do século até a Primeira Guerra Mundial (PGM) mostram um intenso fluxo de investimento direto de empresas estrangeiras, indicando um crescimento que pode ser atribuído basicamente ao