Elza Ingl S

2941 palavras 12 páginas
A culinária norte-americana tem sido lamentavelmente mal compreendida em todo o mundo por aqueles que a veem somente à distância. “Os norte-americanos comem hambúrgueres, não?” é a visão típica que se tem no exterior sobre o que os norte-americanos consomem — e não estaria errada! Nós, de fato, adoramos nossos hambúrgueres, nossos cachorros-quentes e outros lanches simples e emblemáticos. No entanto, também adoramos muitas outras coisas. E cada vez mais temos boas razões para isso. Porque a enorme colcha de retalhos que é hoje a cozinha “norte-americana” representa uma das culinárias mais vigorosas do mundo, devendo sua vitalidade, em grande parte, ao mesmo elemento que fez a força dos Estados Unidos em outras áreas — a chegada de imigrantes de praticamente todo o globo a estas costas, imigrantes que foram capazes de combinar os talentos e as perspectivas que trouxeram de outros países com a realidade do dia-a-dia e com a logística da vida norte-americana. Por fim, hoje, especialistas em culinária de todos os lugares estão reconhecendo a alta qualidade da cozinha norte-americana atual — mas foram necessários muitos anos para que esse nível de qualidade, e de reconhecimento, fosse alcançado. Por quê? Bem, verdade seja dita, a gastronomia dos Estados Unidos enfrentou muitas dificuldades ao longo da história. Para começar, os índios norte-americanos, por muito tempo os habitantes deste continente e que estabeleceram sua civilização bem antes de os primeiros europeus chegarem, não estavam em condições de começar a desenvolver uma cozinha nacional. O próprio tamanho deste país e a dispersão da cultura nativa norte-americana trabalharam contra o progresso culinário, que tanto depende da troca mútua de idéias. Na França antiga, por exemplo, uma receita podia chegar a Paris no correio semanal vindo de Lyon — mas a probabilidade de receitas dos semínolas da Flórida e dos povos das Montanhas Rochosas fundirem-se para formar algo nacional era muito mais remota. A

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