Eletrofisiologia do coração

AULA DO DIA 03.6 – continuação
Recapitulando: nós falamos de como é formado o músculo cardíaco. Eu falei pra vocês que o coração tem uma autorritmicidade e que quem faz isso é uma região específica chamada nodo sinoatrial. O nodo sinoatrial é formado por células que não são células contráteis, são células modificadas capazes de gerar o próprio potencial de ação e as demais células que são células cardíacas, presentes nos átrios e ventrículos, que se contraem. Elas se assemelham muito as células do músculo esquelético (apresentam estriações e são divididas em sarcômeros), mas são menores e mais rígidas.
ELETROFISIOLOGIA CARDÍACA
Relacionada com a condução e criação do potencial de ação. Os elementos químicos são praticamente os mesmos das outras células excitáveis (como neurônios e células do músculo esquelético). Eu tenho uma concentração muito maior de sódio fora do que dentro da célula. A concentração de sódio dentro da célula cardíaca é de 15 milimolar e fora de 165 milimolar. O potássio se inverte. Dentro eu tenho 150 milimolar e fora 5 milimolar. O cloro também está em quantidade maior externa do que internamente e o cálcio, eu tenho uma quantidade muito maior fora do que dentro da célula (dentro do citosol, no retículo, indisponível e só liberado na presença de um potencial de ação, necessita despolarização para ser enviado para o citosol). Essas bases iônicas permitem a existência de potencias de ação.
O potencial de ação da célula cardíaca é um pouco diferente do potencial de ação de outras células. Primeiro, ele tem longa duração. O potencial nas outras células é de curta duração.
O potencial de ação cardíaco tem essa cara aqui:

Ele é um pouco diferente do outros potenciais que a gente ta acostumado a visualizar. Pra começar, ele apresenta um logo período despolarizado, conhecido como PLATÔ DO POTENCIAL DE AÇÃO CARDÍACO. Ele é dividido em fases 0, 1, 2, 3 e 4. A fase 0 é o curso ascendente do potencial de ação e se deve a existência dos canais