eletro
Introdução: O AVE consiste no surgimento agudo de uma disfunção neurológica devido a uma anormalidade na circulação cerebral em determinada parte do cérebro, afetando o lado contra-lateral do corpo, provocando um quadro de hemiplegia ou hemiparesia, além de uma grande variedade de déficits neurológicos nos componentes motor, sensitivo, mental, perceptivo e de linguagem. Causada por isquemia ou hemorragia, a perda de deambulação independente é umas das consequências mais comuns do AVE, manifestando-se em cerca de 51% dos pacientes acometidos, enquanto 12% necessitam de auxílio para locomoção. Os efeitos imediatos e mais significativos do AVE sobre a marcha hemiparética, apresentam-se na redução da força ou na inabilidade de gerar contrações musculares voluntárias e normais em qualquer grupo muscular e no tempo inapropriado de atividade muscular. Uma intervenção da fisioterapia utilizada na reabilitação dessas diversas condições neurológicas é a Estimulação Elétrica Funcional (FES) que constitui em uma modalidade da eletroterapia aplicada em músculos paréticos, com a finalidade de executar movimentos funcionais, promover reeducação muscular, retardamento de atrofia, inibição temporária de espasticidade, redução de contraturas e melhora da função do membro inferior na marcha de pacientes hemiparéticos pós-AVE. Sendo a FES um eficiente recurso coadjuvante na reabilitação desses pacientes, ao contribuir para o aumento da amplitude articular do movimento de dorsiflexão passiva, na melhora dos parâmetros espaço-temporais da marcha, bem como na redução da espasticidade e no aumento do equilíbrio e da capacidade funcional. A evolução positiva dos parâmetros lineares da marcha como o aumento na velocidade, cadência e base de suporte garantem uma melhor qualidade da marcha com consequente diminuição do comprometimento motor e melhor controle da função dos membros