Ele arruma a casa dos outros

Ele arruma a casa dos outros

DE BOY A DONO. Aos 37 anos, o mineiro Edivan Costa lidera a Sedi, empresa que se especializou em assessorar a abertura de novos negócios. Antes disso, foi jogador de futebol e contínuo de uma imobiliária, onde aprendeu a domar a burocracia.

Aquilo que, para a maioria dos empresários, uma dor de cabeça, para o mineiro Edivan Costa, de 37 anos, se traduz em cifrões. Ele se especializou em desatar os nós do cipoal burocrático que é necessário atravessar para abrir um negócio no Brasil. Parece um detalhe, mas não é. Hoje são necessários, em média, 50 tipos de documentos para um estabelecimento funcionar dentro da lei. Costa conhece todos de cor. Catorze anos atrás, ele criou a Sedi, que hoje tem clientes como Carrefour e C&A e fatura cerca de R$ 7 milhões anuais. “Muitas empresas são fechadas todo mês porque não têm nem o alvará regularizado, que é a coisa mais básica”, diz.
A história do mineiro Edivan Costa, que morava em uma favela de Belo Horizonte e queria ser jogador de futebol quando criança, é uma grande lição de honestidade e batalha. Montar uma companhia com este perfil não é o sonho de ninguém. O do próprio Costa, por sinal, era bem diferente: ser jogador de futebol. Ele até que foi longe. Chegou a jogar no time de juniores do Palmeiras, em São Paulo. Mas, as dificuldades o trouxeram de volta à sua cidade natal e aos 19 anos, trocou a bola por um emprego de office boy em uma imobiliária. Costa fez um curso de corretor de imóveis durante a faculdade de direito (que não concluiu) e logo passou a ser incumbido de fazer escrituras. Quando um dos sócios saiu para montar um escritório de advocacia, chamou-o para assessorá-lo no registro da escritura. A partir de então, Costa passou a trabalhar por conta própria. Era um ensaio para o escritório que teria anos mais tarde.
No início, ele dividia as salas e rachava as despesas do aluguel com os advogados. Como o dinheiro que entrava não era suficiente, o jeito era trabalhar