Elasticidade

1. A Elasticidade-preço da demana

Examinemos as duas curvas de demanda dispostas logo abaixo. Qual a diferença entre uma e outra?

A forma e a inclinação de uma curva de demanda constituem um fato de mercado e são determinadas por fatores subjacentes, tais como a natureza das preferências do consumidor e a disponibilidade de outros bens que desempenham papéis semelhantes no processo de consumo, conhecidos como bens substitutos. Ou, ainda, de bens que são complementares, ou seja, bens cuja demanda de um provoca a demanda de outro, como é o caso de automóvel e combustível, por exemplo. Ou café e açúcar, como regra geral.

O que vamos tratar a seguir diz respeito à inclinação da curva. Você já deve ter percebido que esta é a diferença entre as duas curvas de demanda A e B: o grau de inclinação das mesmas. Um olhar mais atento perceberia que as variações de preço no caso da curva A provocam variações de quantidade demandada em menor intensidade. Já no caso da curva de demanda B, as variações eventuais do preço provocariam variações mais do que proporcionais na quantidade demandada.

Então, é isso! A elasticidade-preço da demanda é uma medida da sensibilidade da quantidade demandada em relação às variações do preço do bem ou serviço. Em outras palavras, significa que a elasticidade-preço da demanda mede a variação percentual da quantidade demandada em relação à variação percentual do preço. É designada por:

Vê-se, portanto, que a elasticidade não é outra coisa senão um útil resumo descritivo das características das relações entre duas variáveis: quantidade e preço. Vale lembrar a frase mnemônica: “quantidade sobre preço”.

Note que o valor que resulta da relação acima, ou seja, o valor de Ed, se relaciona a um determinado ponto da curva. É de se esperar que a curva da demanda mostre diferentes elasticidades em pontos diferentes, embora isso não ocorra necessariamente. Altas elasticidades significam alto grau de resposta à alteração do preço. Por sua vez,