Elaboração curricular

Elaboração Curricular

Resumo:
O presente artigo aborda a discussão crítica entre as diferentes tradições dos estudos curriculares epistemológicos e suas contribuições para as teorias curriculares e suas propostas para a elaboração do currículo.
Palavras chaves:
Currículo - elaboração – planificação

No imaginário popular, currículo é comumente aceito como o conjunto de conteúdos que constituem um programa de estudos. Essa definição simplória guarda consonância com a tradição tecnicista dos estudos curriculares, pela qual o currículo é um programa de conteúdos planejado antecipadamente e possui caráter prescritivo, ou seja, espera alcançar determinados resultados.
Uma segunda tradição apóia-se numa ambição emancipatória e prática que define currículo como um projeto que planeja e executa ações, como um todo organizado com propósitos educativos que se realizam no contexto prático dos processos de aprendizagem formais ou informais. Este conceito está relacionado às experiências que constituem a aprendizagem oficial do aluno.
Sob a ótica acadêmica, tais tradições são formas distintas e dicotômicas de conceitualizar uma mesma prática. Partindo da impossibilidade de uma conceitualização final de currículo que agregue e estruture todas as atividades educativas, devido à diversidade de funções que se traduzem na imprecisão complexa de sua natureza, é que a tarefa de definição do currículo torna-se uma tarefa problemática.
Os estudos curriculares constituem um campo de estudo complexo que incita debates, questionamentos e muitas dúvidas no sentido epistemológico, devido à sua diversidade de significado, objeto e resultados. Em “Escritos Curriculares”, PACHECO (2005), reúne uma seleção de abordagens críticas sobre questões curriculares e epistemológicas que serão citadas e comentadas a seguir.
TYLER (1949) salienta a necessidade da existência de uma teoria do currículo para delimitar seu campo, abordando teoricamente o ensino, devido à íntima ligação com