EFEITO TESOURA

Atualmente, os empresários estão bem cientes dos riscos que envolvem seus negócios, por isso procuram analisar o grau dos riscos que afetarão o resultado final em cada decisão a ser tomada. Toda decisão vai exigir dos empresários atenção especial em relação à possibilidade de um risco em função de um retorno esperado.
Porém, a maioria dos empresários não se preocupa muito com os riscos, principalmente os financeiros, pois mantêm suas estruturas organizacionais com uma base bem forte e caso aconteça costumam compensá-los cortando os custos fixos, principalmente com corte de pessoal.
Um dos maiores riscos que as empresas correm, talvez o maior, é conhecido como
“efeito tesoura”. O “Efeito Tesoura” teve seu conceito desenvolvido por Michel
Fleuriet, que ocorre quando a empresa aumenta muito suas vendas sem ter um valor de capital de giro correspondente ao volume de vendas, com isso, faz-se necessário financiar grande parte de sua NCG (Necessidade de Capital de Giro) através de créditos de curto prazo.
Como dito anteriormente, este efeito ocorre quando a empresa financia maior parte da NCG (Necessidade de Capital de Giro) através dos créditos de curto prazo, assim o Saldo de Tesouraria, conhecido como “T” se apresentará negativo e crescendo, em valor absoluto, proporcionalmente mais do que a NCG. Conforme este índice se elevar com o passar do tempo a empresa, basicamente estará se desenvolvendo num “efeito tesoura”.
Portanto, será necessário que os empresários façam um acompanhamento bem cauteloso com o saldo T (Tesouraria), já que o mesmo lhe mostrará até que ponto poderão se endividar. O aumento nas vendas nem sempre será um fator positivo, por outro lado sua queda nem sempre será um fator negativo. Tudo irá depender da relação entre a variação da NCG sobre as vendas e o autofinanciamento das mesmas. É necessário que os empresários observem minuciosamente esse crescimento e se apóie em seus pilares financeiros, tentando fugir desses riscos,