Educação e Vida

Escola, Estética e Ética

Tanto no Brasil quanto no exterior, intérpretes do pensamento educacional de Jhon Dewey argumentam que a principal contribuição para a educação desse filosofo teria sido a do estabelecimento de um método pedagógico centrado no aluno e na pratica, por meio do qual se aprende a aprender e a pensar, seguindo os procedimentos da ciência e, confundindo ensino com pesquisa; ou, então afirmando que esse método estaria centrado na aplicação de um aprendizado por problemas em que o professor parte do planejamento de problemas para que os alunos, por si mesmos, aprendam a resolvê-los.
Essas interpretações, porém, concorrem para o empobrecimento da filosofia da educação que norteia a teoria pedagógica e orienta o aprendizado do pensar reflexivo, deixando de abordar os sentidos estéticos, éticos e políticos compreendidos pelo pensamento deweyano. Neste artigo, procura explicitar o modo como esse filosofo concebeu a experiência, explorando a sua qualidade estética, p princípio de continuidade e de integração que condicionam a educação como crescimento, assim como a atitude ética que preside o pensar reflexivo no qual se apóia.
Experiência, método empírico e pensar reflexivo na educação.
Em Experiência e Educação, Dewey argumenta que a “idéia fundamenta” que faz com que a sua filosofia da educação se diferencie daquela professada pela escola tradicional é a de se apoiar em uma “relação íntima e necessária entre os processos de nossa experiência real e a educação”. Por essa razão seria imprescindível que essa nova concepção de educação, se assentasse em uma teoria da experiência e que a parti dela se pudesse qualificar que experiência seria efetivamente educativa.
A experiência é uma das categorias centrais da filosofia de Dewey. Segundo Anísio Teixeira, ele a entende como toda relação entre um organismo vivo e o ambiente, da qual ambos saem modificados. O ambiente se modifica por receber uma ação desse