Educação segundo emile durkheim
Claudinéa Justino Franchetti[*]
Este estudo objetiva tecer algumas considerações sobre como a educação era concebida por Émile Durkheim, um pensador do campo da Sociologia. O método de trabalho adotado foi o levantamento bibliográfico, com a prévia seleção das obras consideradas relevantes para a compreensão do tema escolhido, seguida da leitura da bibliografia coletada, buscando subsídios para compreender e aprofundar a questão. Por fim, apresentamos a formulação final, para atender às exigências de adequação empírica e explanatória desse trabalho científico. Em tudo isso teve-se em mente que, para Durkheim, a educação é fundamental para manter a coesão social, pois desde criança o ser humano adquire hábitos ensinados e comuns na sociedade. As crianças aprendem comportamentos, modos de sentir, valores, representações (lenda, mitos, concepções religiosas, crenças morais, etc.) e conceitos dos membros dos grupos dos quais participam. Pela educação os fatos exteriores ao indivíduo precisam ser por ele internalizados desde a infância para que ele possa crescer em sociedade. A educação serve para socializar a criança, pois, as ideias e diretrizes elaboradas pela civilização refletem ideias coletivas que é preciso transmitir a ela, porque sozinha ela não conseguiria elaborá-las. Nessa concepção, Durkheim enfatiza a origem social da educação, capaz de satisfazer, antes de tudo, as necessidades sociais, consistindo em um empenho ininterrupto para impor à criança maneiras de ver, sentir e de agir que ela não conseguiria atingir espontaneamente. É nessa direção que este trabalho se encaminhará, considerando que essa ideia acentua o caráter social da educação, a qual impõe padrões morais de comportamento socialmente adotados.
Émile Durkheim (1858-1917) nasceu em Espinal, na Alsácia. Iniciou seus estudos filosóficos na Escola Normal Superior de Paris, indo depois para a Alemanha. Lecionou sociologia em Bordéus, primeira cátedra