Educação Inclusiva

Ao acompanharmos a trajetória da Educação Infantil e da Educação Especial podemos perceber semelhanças. A educação infantil foi fortemente marcada pelo cunho assistencialista e filantrópico, assim como a educação especial que o poder público transferiu como responsabilidade para as instituições filantrópicas. O atendimento as crianças de zero a seis anos oferecidos por creches, internatos ou escolas maternais eram de carater compensatório, onde a criança era vista pelas suas limitações e carências enquanto seres incompletos, crianças pobres filhos de mães trabalhadoras, que recebiam cuidados básicos para garantir a vida. O mesmo podemos dizer da educação especial, onde os espaços de atendimento as crianças com algum tipo de deficiência tinham como primeiras propostas de trabalho corrigir falhas no sujeito e visavam o papel de “manutenção da vida”.
A partir da nova visão de mundo, sujeito e sociedade, a educação das crianças, deficientes ou não, vem sofrendo profunda transformação. Desde 1994, com a Declaração de Salamanca, temos visto muitas discussões e debates a respeito da inclusão de pessoas com deficiência no contexto escolar.
A inclusão da creche na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1996, como primeira etapa da educação básica juntamente com a pré escola, trouxe um novo significado a essa instituição, o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social. Sendo assim, é fundamental que a inclusão inicie na educação infantil. Este é o espaço onde as questões a respeito da diversidade e o encontro com o diferente acontecem de forma natural. É o começo da escolarização, a partir do qual devemos discorrer e praticar a educação emancipatório.
Para pensarmos a inclusão na educação infantil é necessário refletirmos sobre as nossas práticas, é preciso pensar na criança e planejar para a criança, tendo sempre em vista que trabalhamos com seres únicos, flexiveis, com