Educação física adaptada

As promessas e as realidades da inclusão de alunos com necessidades especiais nas aulas de educação física.

A escola e a diferença
No século XIX a escola universal laica na Europa seria um elemento compensatório que, dando a todos os alunos um conjunto de conhecimentos comuns de onde sobressairiam os melhores. Então a escola pública tradicional que outrora criada para proporcionar educação básica a todas as crianças, desenvolveu práticas e valores que progressivamente contribuíram para acentuar as diferenças. Assim, o insucesso escolar, o abandono da escola, os problemas de disciplina, a rigidez dos currículos, fizeram com que a escola, que deveria integrar e acolher todos, fossem ela própria, um instrumento de seleção que, em muitos casos, acentuava as diferenças culturais e de características e capacidades pessoais de que os alunos eram portadores. Portugal a este respeito teve em 2005 uma percentual de 12% de alunos que não terminaram por insucesso ou abandono os nove anos de educação básica. Não era previsto que s alunos com qualquer necessidade especial de educação, por uma deficiência, por exemplo, fossem integrados na escola tradicional, pois ela procurava a homogeneidade não só dos conteúdos, mas também dos alunos. Já as escolas especiais, se organizaram por categorias de deficiência, agrupando os alunos com a mesma categoria e as mesmas características para desenvolver um ensino homogêneo.Se analisarmos por este ponto de vista, tanto as escolas regulares quanto as especiais tem valores semelhantes quanto a heterogeneidade dos alunos,elas são dois aspectos do mesmo tipo de valores. Varias correntes de opinião sobre educação de alunos com necessidades especiais surgiram:
1-“Educação no meio menos restrito possível”, inicialmente esboçada nos Estados Unidos por Lilly (1970) ao defender que a educação de alunos com deficiências deveria ser realizada na escola regular através da criação de “envolvimentos diferenciados na sala de aula”.
2-A lei