Educação como prática de liberdade
Matéria: Metodologia do Ensino de Jovens e Adultos.
Resenha
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 23ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.
Em seu ensaio Educação como Prática da Liberdade, o autor faz uma exposição do “método” de Alfabetização de Adultos de forma detalhada, relacionando o contexto histórico filosófico e político da época.
No capítulo “A sociedade brasileira em transição”, Paulo Freire disserta a respeito das forças políticas e disputas de poder da década de 60, utilizando seus conceitos filosóficos e teóricos. O autor define sua filosofia como existencial, ou seja, para ele não basta viver, é necessário estar no mundo, relacionando-se e dialogando com ele. Dessa forma, ele afirma que o homem precisa integrar-se como seu contexto histórico, capacitando-se para transformá-la por meio da crítica.
No entanto, para Paulo Freire, diariamente o homem é simples, contido, paralisado, se porta como plateia e, não, como personagem ativo na história, por duvidar da sua capacidade transformadora e acreditar que está sozinho. O Brasil vivenciava a passagem de uma para outra época. Um tempo de trânsito. Paulo Freire afirma que o ponto de partida do nosso trânsito foi a sociedade fechada, comandada por um mercado externo, exportadora de matérias-primas e predatória; o que refletia na sua economia e na sua cultura. Por isso, a sociedade era alienada, com vida precária e com altos índices de analfabetismo.
Na transição de épocas, a sociedade passou a se tornar mais aberta, mesmo que não totalmente e com recuos substanciais, como o Golpe de 64. Era evidente o dissenso entre a abertura da sociedade brasileira e o seu recuo histórico. Paulo Freire salienta que a educação nessa fase transicional é importante, pois precisa ser voltada para a responsabilidade social e política, incentivar a criticidade, o que resulta em um retorno a verdadeira democracia. O autor acredita que a passagem de um homem ingênuo