Educar para Proteger

SE A ESCOLA NÃO CONSEGUIR DESENVOLVER A HUMANIDADE EM SEUS FUNCIONÁRIOS E ALUNOS, ELA TERÁ FALHADO NA SUA MISSÃO DE EDUCAR.

1. Caracterização do contexto escolar
A escola estadual D. Otávio Chagas localiza-se no centro da cidade de Monte Sião e recebe alunos da zona urbana e rural de idades que variam entre 10 e 16 anos.
Funciona em dois turnos e conta, atualmente com 350 alunos, 30 professores e 12 funcionários, além de 2 supervisoras, 1 diretora e 1 vice.
Tem ainda, 6 turmas de PROETI, que funcionam das 7 às 17 horas.
Por se localizar no centro da cidade acaba sendo ponto de parada para muitos cachorros que estão abandonados, sem dono, doentes, famintos.
No início eram impedidos de entrar na escola, mas com a nova direção iniciou-se um processo de ajuda a esses animais.
Eles são recebidos na escola, alimentados, cuidados por um veterinário que é vizinho da instituição e, quando possível é arrumado um lar provisório ou definitivo para eles.

2. Como o projeto foi elaborado (diagnóstico, construção coletiva, etc.)
O projeto nasceu sem intencionalidade nenhuma, baseando-se apenas na simpatia de alguns funcionários por animais.
Como os cachorros ficavam nos portões causando transtorno e não era possível obter ajuda de nenhum órgão municipal, começaram a ser recolhidos e cuidados pelas pessoas da escola.
Muitos foram adotados pelos próprios funcionários ou alunos.
Aos poucos se tornou uma atitude de toda a escola. E se tornou um projeto de ação.
Foi intuitivo, e sem pretensão de se tornar o que se tornou.
O projeto tem por objetivo provocar sujeitos para serem membros da biosfera terrestre numa concepção de cidadania planetária, indivíduos capazes de gerenciar suas relações sociais e ambientais. A compreensão das necessidades do outro traz consigo a relação de cuidado que mantenho comigo e com o meio que nos cerca. A metodologia do trabalho compreende experiências, além de atividades onde a criança desperte um olhar sistêmico e complexo.