Educa O Como Cultura

Trata-se por cultura a capacidade que o homem possui em realizar diferentes tarefas com objetivo de alterar o meio em que vive, adaptando-o as suas necessidades e em benefício próprio, e a transmissão desse conhecimento aos seus descendentes. A vida em sociedade só foi possível por conta do acúmulo e disseminação do conhecimento de uma geração a sua posterior, e a produção de novos conhecimentos partindo do existente. No fragmento em questão fica evidente esta prerrogativa, no momento em que Van Gogh, ao tempo que admite não saber com quais instrumentos os pintores de época anterior a sua pintavam: “Mas eu não estava lá, e portanto não sei de nada”, consegue supor o modo e os materiais usados por Michelângelo e Dürer através da observação do que havia de materiais e técnicas disponíveis no período em que ambos viveram, evidenciando com essa atitude, o papel da cultura em fazer com que o homem ao se apropriar do conhecimento do passado, seja capaz de modificar, melhorar, e ressignificá-lo de acordo com as necessidades do momento presente.
Van Gogh ao explanar a respeito do uso do carvão evidencia o caráter cientifico e tecnológico presentes no texto, visto que, a partir da observação de obras de outros autores e das suas próprias, apresenta considerações a respeito de técnicas, manuseio, e resultados obtidos no emprego do material. Percebe-se que no fragmento em tela, Van Gogh apresentou o que havia de técnicas e materiais em uso em sua época, fez um levantamento do que era feito e por quem era feito, trouxe uma conclusão e fez recomendações, tal qual um artigo de caráter científico, ou seja, tão importante como produzir conhecimento é transmitir de forma eficaz o que se tem produzido, isso facilita a compreensão pelos demais interessados em apropriar-se desse.
Na sala de aula, o fragmento poderia servir de subsídio para dialogar a respeito de como o conhecimento é produzido e transmitido ao longo do tempo, quão importante é a escrita e a comunicação na história da