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Os percalços da edição
Durante as aulas de tratamento de foto, e, principalmente fazendo uso do Photoshop Lightroom e das incríveis possibilidades desse programa, uma coisa fica clara de imediato: o cuidado que o fotógrafo, sobretudo o iniciante, deve ter com os programas de edição e tratamento de imagens.
Os espantosos efeitos e soluções que esses softwares proporcionam são sedutores, podendo causar muita dor de cabeça se não forem utilizados com cuidado e bom senso. Muitas vezes, podem estragar ao invés de melhorar uma fotografia, ou piorar uma imagem razoável.
Além disso, o uso excessivo dos softwares de edição representa um empecilho para o aperfeiçoamento técnico do fotógrafo; o modo de fotografar se torna estanque e as fotografias já são tiradas com a “correção” em mente. Sendo assim, o profissional preocupa-se muito menos em fazer um bom trabalho, pois este, quase sempre, poderá ser melhorado posteriormente no computador. Quase, pois existem algumas imperfeições que nem o melhor editor de fotos consegue corrigir.
Um cuidado que se deve tomar é quando se vai tratar fotos de pessoas, principalmente quando tiradas de perto e o rosto do fotografado encontra-se em destaque. Em tais casos, o editor deve ser usado com mais parcimônia ainda. Efeitos como o realce e a luminância, no caso Lightroom, conferem um aspecto plastificado e artificial à pele quando usado excessivamente.
Não existe uma regra para um bom tratamento de fotos. O que determina o nosso êxito é a capacidade que temos de “sentir” quando o tratamento aplicado está na medida certa, nem demais, nem de menos. Isso varia de foto para foto; algumas precisam de uma atenção maior quanto a correções, outras não, seja pelo objeto que retratam, seja pelo cuidado do fotógrafo com os seus cliques.

Guilherme Reis