Edgar morin - cultura de massa resumo

Edgar Morin busca na história e na sociologia explicação para a mudança de comportamento da classe popular que passou a investir em um outro conceito de vida: a busca pelo prazer no lazer.Com a Revolução Industrial as criações tornaram-se produções e depois do pós- guerra, com a difusão da mídia - cinema rádio e televisão- e o crescimento do mercado publicitário surge uma série de personagens -produtos Com isso o indivíduo da sociedade passou a se "reconhecer" nesses personagens criados por esses meios e que o leva a se identificar entre o real e imaginário, característica da cultura de massa. Na visão do autor a cultura de massa distancia a sociedade, pois cada indivíduo busca sua própria individualidade (identificação), por outro lado também homegeneíza uma vez que a proposta da cultura de massa é produzir uma maior variedade de produtos para alcançar o maior número de pessoas e assim cria-se assim o sincretismo.

Além disso Morin apresenta a cultura de massa como espetáculo e é através deste espetáculo que o imaginário se manifesta. Portanto o imaginário é projetivo e identificatório. O autor ressalta que os indivíduos não se dão conta de que esses imaginários - os heróis e as vedetes - oferecidos pela mídia como produto são tão reais quanto eles, ou seja, se apresentam como personagens reais que vivem os mesmos conflitos. Morim também ressalta que o indivíduo não percebe o poder que a cultura de massa exerce sobre ele. Cita os exemplos de Hitler e Stalin que souberam utilizar a máquina da propaganda. Para Morin a cultura de massa é kitsh , ou seja, ela vulgariza a cultura tradicional .

Baseada na tese morinina podemos contextualizar essa mudança de comportamento na atual forma da cobertura de eventos jornalísticos na imprensa brasileira. Nos últimos anos o país assistiu a ascensão de classes mais populares. Em busca de uma maior audiência e consequentemente lucro - (Sobre a TV - Bordieu) a cobertura jornalística promove grandes espetáculos