Economina Industrial - Estudo sobre cartel

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Atividade dirigida 2 – Estudo de caso (Cartel). Primeiramente, devemos falar sobre os incentivos à formação de cartel no mercado de papel higiênico. De acordo com a teoria econômica, caracteriza-se o cartel como sendo uma associação de firmas concorrentes que entram em acordo de coordenação de atividades, via preço, quantidade e/ou qualidade, cujo objetivo é maximizar os lucros e maquiar as escolhas do monopólio. Mesmo com a possível instabilidade do cartel, com os fortes incentivos a quebrar o acordo e o risco da repressão pública, a situação de conluio entre empresas é ainda mais benéfica para elas que em concorrência perfeita. Isso acontece porque elas podem combinar preço, qualidade e/ou quantidades ofertadas, aumentando assim a possibilidade de lucro. Porém, essa prática é extremamente danosa ao consumidor, uma vez que o preço dos produtos pode ser elevado, juntamente com a queda na qualidade e na redistribuição de renda. No Brasil, assim como na maioria dos países, a prática de cartel é considerada crime, punível com multa ou prisão de 2 a 5 anos no sistema de reclusão. Voltando a falar do incentivo à formação de cartel no mercado de papel higiênico no Brasil, podemos destacar vários elementos que facilitam a prática de coordenação econômica neste mercado. A concentração no mercado de papel higiênico, principalmente de alta qualidade, é elevadíssima. Além disso, as importações são insignificantes, o produto é relativamente homogêneo e a barreira à entrada de novos concorrentes é grande, uma vez que marca, qualidade e preço constituem os principais determinantes da concorrência neste mercado. Considerando as três firmas envolvidas na investigação do CADE com relação ao suposto caso de cartel de papel higiênico ( Klabin, Santher e Melhoramentos), juntas detinham uma faixa de 50,3% do mercado varejista de papel higiênico. Se considerarmos apenas o mercado de alta qualidade, elas detinham expressivos 75% da participação no mercado. Portanto, os dados

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