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A poesia e o teatro depois de 1945

Novos caminhos da poesia

As partes mais marcantes da poesia se desenvolveu apartir de 1945. Um lado se preocupava com a composição artesanal do poema,o outro com a comunicação.

João Cabral de Melo Neto:(1920-1999) nasceu em Recife e é considerado um dos maiores poetas daGeração de 45, assim chamada por rejeitar os “excessos do modernismo” para elaborar uma poesia de rigor formal, construindo uma expressão poética mais disciplinada.
Apesar de ser cronologicamente um poeta da Geração de 45, João Cabral seguiu um caminho próprio, recuperando certos traços da poesia de Carlos Drummond, Murilo Mendes, como a poesia substantiva e a precisão dos vocábulos, produzindo uma poesia de caráter objetivo numa linguagem sem sentimentalismo e rompendo com a definição de “poesia profunda” utilizada até então. Para o poeta, “a poesia não é fruto de inspiração em razão do sentimento”, mas de transpiração: “fruto do trabalho paciente e lúcido do poeta”.A primeira obra de João Cabral, Pedra do sono (1945) apresenta uma declinação para a objetividade e imagem surrealista. Já em O engenheiro (1945), percebe-se que o poeta se afasta da linha surrealista, pendendo para a geometrização e exatidão da linguagem, como se ele próprio fosse o engenheiro, economizando as palavras (o material com se constrói) e a objetivação do poema (o propósito do uso do material – a construção terminada).
Morte e vida severina (Auto de natal pernambucano) é a obra mais popular de João Cabral. Nela, o poeta mantém a tradição dos autos medievais, fazendo uso da musicalidade, do ritmo e das redondilhas, recursos que agradam o povo. Ela foi encenada pela primeira vez em 1966 no Teatro da PUC em São Paulo, com música de Chico Buarque. Foi premiada no Brasil e na França e, a partir daí, vem sendo encenada diversas vezes e até adaptada para a televisão.
O poema narra à caminhada do retirante Severino, desde o sertão até sua chegada em Recife e, além das denúncias

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