economia e gestao de pessoas
A evolução dos processos e da abordagem conceitual da Administração de Recursos Humanos (ARH) tem sido bastante observada e registrada pela literatura nacional e estrangeira. Dentre os autores que analisam esta evolução destacam-se, respectivamente, Fischer (1998) e Ulrich (2000). A análise dessa evolução vem sendo sistematizada de forma fragmentada, fato que resulta numa produção de conhecimento também desarticulada e pulverizada, uma vez que ela não consegue abarcar em sua plenitude a complexidade que o assunto envolve. Desse modo, outra consideração é destacada, qual seja, nem sempre a evidência em relação à presença de melhores práticas da gestão de pessoas é um indicador de evolução desta gestão – fato que incita análises mais acuradas nos processos de gestão que estão a demandar mudanças na forma de gerenciar as pessoas no ambiente de trabalho. Logo, o assunto merece análise mais contextualizada. O presente artigo enfoca a gestão de pessoas num contexto organizacional de atuação global para compreender o processo evolutivo desta gestão diante de um novo modelo de gestão organizacional envolvendo processos de trabalho intermediados por diferentes agentes estabelecidos em diferentes países de diferentes continentes.
As organizações que operam em base internacional existem desde o Séc. XIX. Entre o surgimento da empresa internacional e os dias atuais, diferentes mudanças vêm sendo processadas nos modelos de gestão organizacional. Tais mudanças são motivadas tanto por iniciativa das empresas em busca de melhorias, quanto pelas variáveis globais de oportunidades, demanda e riscos (Palmisano, 2006).
Os avanços em tecnologia da informação e comunicação (TIC) geraram sistemas e ferramentas integradas de colaboração que possibilitam trabalho a distância, de alta produtividade e aliado a uma abertura de mercado e definições de regras de negócios, jamais vistos. Tais avanços possibilitaram a criação de um novo ambiente competitivo; foi assim que países