Economia da diversificação - penrose

A ECONOMIA DA DIVERSIFICAÇÃO
PENROSE CAP. 7

Tem-se enfatizado que a diversificação de atividades, que acompanha o crescimento das firmas, tende a ser “ineficiente”, pois a produtividade pode ir diminuindo com o aumento do número de atividades.
Contudo, as firmas mais bem sucedidas e altamente eficientes do mundo dos negócios são amplamente diversificadas e estão sempre dispostas a adotar novos produtos.
A proposição de que, para muitas das linhas de produção, a produtividade e os custos tendam a ser menores nas firmas mais especializadas do que nas mais diversificadas e que os lucros das primeiras em relação a seus investimentos tendam a ser mais elevados pode até ser verdade, porém, não pode ser adequadamente testada, já que cada firma tem diversos serviços produtivos à disposição e seus produtos mostram-se tecnicamente diferentes aos olhos dos consumidores, além do que do que os sistemas contábeis, diferentes uns dos outros, são afetados por elementos arbitrários.
“É em boa parte por causa da natureza mutável de suas oportunidades produtivas que continuamente se apresentam novas oportunidades de investimentos para a firma.”
Não é necessário que os mercados existentes se tornem menos lucrativos em si mesmos para a firma decidir diversificar; basta que sejam relativamente menos lucrativos para qualquer outro investimento que a firma deseje fazer.
As novas oportunidades não vinculam-se somente a mudanças de preços e gostos, mas também aos tipos especiais de serviços produtivos e de conhecimentos desenvolvidos pela firma.
A concorrência é um grande motivo pelo qual as firmas devem manter-se a par de novos desenvolvimentos técnicos, para poder competir com sucesso. Isso faz com que praticamente todas as firmas adotem laboratórios de pesquisas industriais.
Em grande medida, os novos produtos desenvolvidos são superiores aos antigos no desempenho, em outros casos, eles são apenas novos e diferentes e, para serem vendáveis, os consumidores precisam ser