Economia brasileira

O novo padrão Demográfico

Em 1991 pela primeira vez na história do país, o censo demográfico registrou que a população brasileira estava ficando mais velha e o crescimento estava muito mais lento do que nas décadas anteriores, e que também o ritmo de crescimento nos anos seguintes seriam cada vez menor.
A nova realidade demográfica brasileira,que muito se distancia daquela da nação muito jovem dos anos do milagre econômico, é resultado de um longo processo.Observou-se inicialmente que da acentuada e rápida taxa de mortalidade , fenômeno verificado desde o início dos anos de 1940. Contudo,como até meados da década de 1960 o nível de fecundidade manteve-se elevado, houve aumentos nas taxas de crescimento da população brasileira. Outra consequência da alta fecundidade foi a manutenção,até os anos de 1970,da distribuição etária. Até essa época , mais de 53% da população tinha menos de 20 anos de idade.
No final dos anos de 1960, iniciou-se acentuada queda da taxa de fecundidade,atingindo todas as regiões e classes sociais do país.Os reflexos na distribuição etária somente seriam sentidos mais tarde,quando um percentual significativo das mulheres nascidas após o início do declínio da fecundidade antingisse a idade reprodutiva (15 a 49 anos).
Foi registrado pelo censo em 1991 as consequências dessa queda,alterando profundamente o padrão demográfico observado em 1980. A transição que se iniciou na década de 1940 se completava e a população brasileira,embora ainda jovem, começava envelhecer.
A queda da fecundidade,acelerada na década de 1980, provocou a redução da participação da população com idade inferior a 10 anos. Mais do que isso, o censo de 1991 constatou , pela primeira vez, que o contingente com idade até 4 anos passou a ser menor do que a população entre 5 e 9 anos. Isso determinou o estreitamento da base da pirâmide populacional brasileira.
Ao longo de 1980 a população brasileira foi se tornando mais velha, pois, de um lado,é menor a participação dos