Dra Mariana Fragoso

414 palavras 2 páginas
O muro de Berlim cai no final de 1989, simbolizando o fim da Guerra Fria. Como consequência, o cenário mundial assistiu o poder passar de bipolarizado, em comunista e capitalista, a multipolar: dividido em megablocos econômicos e geopolíticos. A economia carregada por essa realidade era majoritariamente neoliberal, baseada no livre comércio, nas privatizações, na abertura para multinacionais e, principalmente, na negação do protecionismo. Essa nova administração mundial define as decisões até hoje: constituem os princípios do capitalismo contemporâneo.
A atmosfera do final do século XX foi propícia para que o capitalismo prosperasse. Dessa forma, esse sistema foi disseminado pelo mundo de modo a tornar-se “mundial", afirmando a integração e, portanto, a globalização. Esse novo paradigma econômico causou uma necessidade de obter lucros progressivamente maiores. Como resultado, as grandes corporações passaram a buscar corte nos custos e, para isso, valeram-se o neocolonialismo implantado no século XIX. O imperialismo em questão consistia em dominar regiões para que delas fossem retiradas matérias primas e mão de obra barata. Além de extrair o necessário, o país colonizador formaria um mercado consumidor com parte da população colonizada. Dessa forma, além de diminuir custos, a demanda seria aumentada.
Além da dominação física das grandes potências europeias e/ou norte americanas em detrimento dos países da Ásia e da África, presenciou-se a dominação moral. Para que a invasão fosse justificada, inúmeras teorias foram criadas. O darwinismo social e o positivismo são exemplos dos meios que os colonizadores usam para justificar os fins e controlar socialmente os povos dominados. A superioridade da “raça” branca aculturou inúmeras tribos africanas, retirando delas a possibilidade de autogestão e introduzindo a realidade neoliberal na qual sua nova função era servir aos mais ricos.
O mundo, então, passou a bipolarizar-se de novo. Desta vez, entretanto, socialmente: a

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